terça-feira, 31 de maio de 2011

Bariloche: uma fria cidade para aquecer o romance e despertar aventuras


Bariloche: uma fria cidade para aquecer o romance 


e despertar aventuras

André Rigue/eBandZoomCidade de San Carlos de Bariloche está localizada às margens do lago Nahuel Huapi
Cidade de San Carlos de Bariloche está localizada às margens do lago Nahuel Huapi


San Carlos de Bariloche se encaixaria facilmente num cenário de histórias de contos de fadas. Localizada junto à Cordilheira dos Andes, a cidade argentina está cercada por montanhas e lagos. É um ponto turístico muito frequentado por brasileiros, principalmente no inverno – entre junho e agosto

Ao chegar a Bariloche, a primeira coisa que você perceberá é o vento. Isso mesmo. Como a cidade está cercada por montanhas, os ventos “gelados” dos Andes sopram a todo instante, e forte. Por isso agasalhe bem o corpo e as mãos – os dedos ficam congelados em poucos minutos se você não usar luvas.

Por que, então, ir para um destino tão gelado? Simples. Bariloche aquece o romance e desperta aventuras. Ao sair do Aeroporto Luis Candelaria, você encontrará uma paisagem deslumbrante. A cidade está concentrada às margens do lago Nahuel Huapi, que chega a 450 metros de profundidade em alguns pontos. Abrir a janela do hotel e ver as montanhas cobertas de gelo ao longe do lago é uma visão indescritível.

Existem vários tipos de hotéis em Bariloche. Os preços variam. Uma boa hospedagem pode sair por R$ 130 a diária – locais mais luxuosos, com direito a cassino, saem por um preço maior. Se você é do estilo aventureiro e quer economizar, procure por um albergue. Você dividirá o quarto (e o banheiro) com mais pessoas, mas o preço cairá consideravelmente. Por volta de R$ 25.

O táxi na Argentina é relativamente barato se comparado ao Brasil. Mas você pouco precisará utilizá-lo dentro de Bariloche, que tem cerca de 130 mil habitantes. No centro da cidade, existe uma praça que costuma agrupar jovens de vários países. É possível visitar o Museu da Patagônia e até tirar uma foto com cachorros da raça São Bernardo – os donos dos cães cobram R$ 5 por fotografia.

Vou gastar

Turismo na Argentina é um ótimo negócio para os brasileiros. Com a valorização do Real, fazer compras por lá é muito atrativo. Bariloche é um paraíso para acabar com todo o dinheiro das férias – e até o 13º salário. Roupas, chocolate, bebidas, artesanatos e outras bugigangas. Dá para comprar de tudo.

O lugar para comprar chocolates é na Rua Mitre. Lá você irá pirar. Os doces são confeccionados de forma artesanais. Existe uma variedade tão grande de bombons que dá vontade de comer todos. Se quiser trazer lembranças para o pessoal que ficou no Brasil, existem kits que vão deixar seus amigos com água na boca.

Alguns produtos exóticos também podem ser encontrados, como mostarda de cerveja e patê de coelho. Os vinhos são tão bons quanto os do Chile ou do sul do Brasil. Doces de leite e geleias de diversos tipos também são uma boa opção de compra. Aproveite, ainda, para tomar um sorvete em Bariloche. Apesar do frio, vale a pena.

Ainda na Rua Mitre, você encontrará lojas que oferecem os mais variados tipos de agasalhos, gorros e luvas. Se preferir produtos de marca (roupas da Nike, Adidas ou Lacoste), peça a opção do Tax Free – que é a devolução de cerca de 15% dos impostos dos produtos que são fabricados na Argentina.

Já no centro, diversas barracas de comerciantes oferecem artesanatos para os turistas. Existe de tudo. Velas coloridas, camisetas com frases sobre Bariloche, enfeites para a casa, anéis, colares e pedras. Se você “chorar” bem com os comerciantes, conseguirá descontos de até 50% nas peças.

Vou visitar

Bariloche pode ser de aventura. É possível esquiar nas montanha do Cerro Catedral – leva cerca de 20 minutos do centro da cidade de carro. Não precisa manjar muito de esportes na neve. Existem pistas “fáceis” para novatos, que ficam lotadas no inverno. Os tombos são normais. Você verá tanta gente caindo que perderá o medo.

Se na hora H você desistir do esqui, Bariloche ainda oferece pistas de patinação no gelo. Parece difícil, mas não é. Comece se apoiando em barras de ferro até pegar o jeito, depois se solte e curta. O local é uma boa opção para reunir os amigos e dar risadas. Um dos problemas pode ser a lotação – muitos estudantes costumam ir para Bariloche, em formaturas ou viagens escolares. Se uma dessas turmas for no seu horário, será quase inviável patinar.

Bariloche também pode ser de descobertas. Passeios (de van ou ônibus) de cerca de R$ 50 pelo Cerro Tronador, dentro do Parque Nacional Nahuel Huapi, levam às maravilhas que a natureza local pode oferecer. A caminhada dura o dia todo, mas vale a pena. Diversos lagos e cachoeiras pelo caminho. As estradas são estreias e de terra – uma dica, não olhe para baixo. Os ônibus passam na risca com os desfiladeiros.

No passeio pelo Cerro Tronador, o glacial Ventisquero Negro é uma das atrações – você verá uma montanha de gelo escuro que até parece pedra. A caminhada termina bem perto das geleiras. Esse roteiro, no entanto, dificilmente ocorre no inverno, devido à neve. No outono ou verão, as caminhadas contam com um grande número de turistas – mesmo nessas datas se agasalhe, pois o frio é intenso.

Ainda existem outras duas opções de passeios. Uma delas é a travessia dos Sete Lagos Andinos, que custa cerca de R$ 75 se você for de ônibus. Mas se prepare, pois este é um passeio bem cansativo que pode durar o dia todo. A outra alternativa de passeio é a travessia dos Andes, que é feita de ônibus e barco. Você precisará de dois dias no mínimo para fazer o percurso, mas as belezas encantam.

Além dessas aventuras, Bariloche também oferece um amplo cardápio gastronômico para os turistas. Casais que buscam “lugares românticos” podem ir tranquilamente para a cidade. Depois de um passeio a dois por uma das paisagens, uma boa massa, carne ou um tradicional fondue fecha o dia com chave de ouro

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