A
repórter Zileide Silva informa mudanças no sistema eleitoral do Brasil
no Jornal Nacional
Com
20 anos de atraso, e em apenas uma semana, o Congresso Nacional votou o
texto básico de uma suposta reforma política.
E ela não acrescenta
quase nada ao quadro institucional brasileiro. Nem o "distritinho" _nem
o "distritão". Lista fechada de candidatos? Nem pensar. Prevalece o
modelo atual, no qual um cantor, jogador de futebol ou comediante
arrasta centenas de milhares de votos para outros, simplesmente
desconhecidos. E isso para os grandes centros urbanos, porque, no
interior, continua valendo o velho "voto de cabresto", típico da era
pré-capitalista. Quando os "coronéis" e os latifundiários mandavam
votar em amigos e parentes.
Em
relação ao financiamento das campanhas milionárias, que excluem os
pequenos que têm algo a dizer, ficou praticamente como estava.
Aprovou-se que pessoas físicas ou jurídicas podem fazer doações de
campanha aos partidos. E que os partidos podem dividir o bolo como bem
entenderem. Esta questão do financiamento empresarial para os políticos
é a maior fonte de corrupção no país. Vide o "mensalão" e o "petrolão".
Por que uma empresa doaria milhões de reais para um candidato? Porque
consideram que o dinheiro é um empréstimo, que será cobrado mais tarde,
por meio de benefícios em licitações e superfaturamentos em obras
públicas.
Agora:
os limites de tais doações (se é que haverá limites) ficaram para ser
decidido mais tarde, em lei ordinária, cujo título já dá uma ideia do
conteúdo. Preferencialmente, longe dos holofotes da mídia, essa gente
desagradável que critica tudo. Ou quase tudo. Ou mais ou menos,
conforme o próprio interesse das empresas de comunicação, que também
tiram as sua casquinha dos esquemas de poder. Por exemplo: não se
estabeleceram limites para as "doações" aos partidos, assim como não
foram determinados limites de gastos para as próprias campanhas. Fica
tudo por conta da tal "lei ordinária". Deveriam ter votado a mudança do
nome dessa lei.
Sobre
a representação política dos partidos: se existisse uma agremiação
chamada Partido Nacional das Putas (e que as putas me perdoem),
bastaria eleger uma única deputada, como a belíssima italiana
Cicciolina, para assegurar direitos ao fundo partidário oficial (cerca
de 800 milhões de reais no ano passado) e o tempo de rádio e televisão
na propaganda gratuita. É assim que surgem as ditas "legendas de
aluguel", partidos que "vendem" tempo na mídia gratuita para
sobreviver. Ou seja: fica tudo como está!
A
comentarista de política da Globo News, a simpática e bem informada
Cristiana Lobo, chegou a dizer, a respeito da reforma política, na
edição das seis da tarde desta quinta (28): "A montanha pariu um rato".
E ratos não faltam, certo? Agora vão votar o "voto facultativo", que na
prática já existe. Se você não quiser votar, paga uma multa de R$ 3,70
por turno, em qualquer cartório eleitoral do país.
Fonte:
Com informações de NoticiadaTv
Publicado
Por: luizze1000
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